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A Lei de proibição do uso de celulares nas escolas: Uma reflexão sobre a tecnologia na educação

Por PORTAL GRANDE PRUDENTE

06/12/2024 às 15:39:43 - Atualizado há

Nesta Sexta Feira (06), o governador Tarcísio de Freitas sancionou a lei que proíbe o uso de celulares nas escolas de todo o estado. Essa decisão pode gerar um amplo debate sobre o papel da tecnologia no ambiente educacional e suas repercussões para alunos, professores e a dinâmica escolar como um todo. Embora a intenção por trás da lei possa ser vista como um esforço para minimizar distrações e promover a interação pessoal, é fundamental considerar como o uso responsável e orientado dos celulares pode, na verdade, beneficiar o aprendizado.

Estamos vivendo na era da informação, onde o acesso à tecnologia é mais do que uma conveniência; é uma necessidade. Os celulares, quando utilizados de maneira adequada, são ferramentas poderosas que podem auxiliar na pesquisa de conteúdo, no acesso a plataformas educacionais, e até mesmo na colaboração entre estudantes. Imagine uma sala de aula onde os alunos utilizam seus dispositivos móveis para realizar pesquisas em tempo real, acessar vídeos explicativos ou participar de fóruns de discussão online durante as aulas. Essas interações podem enriquecer o aprendizado e torná-lo mais dinâmico e engajador.

Além disso, o uso controlado dos celulares nas escolas pode ensinar aos alunos a responsabilidade digital e a ética no uso da tecnologia. Em vez de simplesmente proibir, as escolas poderiam implementar programas de conscientização que abordem como usar esses dispositivos de forma produtiva. Isso poderia incluir aulas sobre gerenciamento do tempo, como evitar distrações e como utilizar aplicativos educacionais que potencializam o aprendizado.

A proibição total do uso de celulares nas escolas, ao invés de resolver os problemas, pode criar um ambiente de resistência e rebeldia entre os alunos. Afinal, as novas gerações estão profundamente conectadas à tecnologia, e ignorar essa realidade é não apenas desconsiderar o contexto cultural atual, mas também perder oportunidades valiosas de aprendizado.

Para criar um ambiente educacional mais inclusivo e eficaz, talvez seja mais proveitoso estabelecer regras e diretrizes claras sobre o uso dos celulares. O foco deve ser o desenvolvimento de um uso consciente e produtivo, permitindo que os alunos se tornem protagonistas de sua própria educação.

Em suma, a ação do governador Tarcísio de Freitas levanta questões importantes sobre tecnologia e educação que merecem ser exploradas além da simples proibição. A verdadeira solução pode residir não na restrição, mas na promoção de um diálogo aberto sobre como integrar as novas tecnologias no cotidiano escolar de forma benéfica e inovadora. Afinal, educar é preparar para o futuro, e o futuro é digital.

Dr. Pedro Pavezi, Advogado, 28 anos - Graduado e Pós-Graduado pela Unoeste Presidente Prudente, em Família e Sucessões, Processo em Direito Civil, Gestão Ensino Superior.

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