JURÍDICO/POLÍTICA

Até quando haverá impunibilidade ao racismo?

Por PORTAL GRANDE PRUDENTE

07/03/2025 às 16:35:40 - Atualizado há

Em pleno 2025, o futebol, que deveria ser um campo de celebração e união, mais uma vez se transforma em cenário de dor e indignação. Luighi, um jovem jogador do Palmeiras sub-20, com apenas 18 anos, se tornou a mais recente vítima de racismo durante a segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores Sub-20, em um jogo realizado no Paraguai. O que deveria ser um momento de alegria pela vitória do seu time acabou se convertendo em um luto profundo, mostrando a face cruel do preconceito que insiste em assombrar nosso esporte e nossa sociedade, ainda mais quando o jovem jogador desabafa "dói na alma".

Assistindo àquela partida, todos estavam empolgados com a possibilidade de ver um time (e um jovem) brilhando, mas a diversão foi interrompida por gestos que lembram o pior da natureza humana. A injúria racial, que deveria ser um crime inaceitável, se revela como uma prática ainda pesada e constante, mostrando que as promessas de mudanças e ações contra o racismo são meras palavras vazias. A CBF, entidade máxima do futebol brasileiro, permanece em silêncio, sem defender seus jogadores ou adotar uma postura firme contra essas atrocidades. E a Conmebol? Promete ações e um posicionamento que nunca se concretiza.

O que fica é um sentimento de impunidade que alimenta a raiva e a frustração nas pessoas. A indiferença diante do sofrimento dos que enfrentam o racismo é desoladora. Como é possível que, em tempos modernos, indivíduos ainda se sintam livremente autorizados a manifestar gestos racistas, sem medo de consequências? A falta de empatia se torna uma sombra, obscurecendo não apenas o campo, mas a própria essência do espírito esportivo.

E, se isso é doloroso quando se trata de figuras públicas, imagine quantas vítimas sofrem longe dos holofotes? Em uma simples pesquisa, os números que retratam o aumento do racismo são alarmantes. As estatísticas revelam uma realidade que não se pode ignorar: a cada dia, mais e mais pessoas enfrentam esse tipo de violência, que vai além do insulto, é uma agressão à dignidade humana.

É urgente que a sociedade tome uma atitude. Precisamos transformar a indignação em ação. Até quando vamos permitir que atos racistas perpassam nossas vidas cotidianas sem que os responsáveis sejam punidos? A mudança começa conosco, na forma como reagimos, nos cobramos e nos unimos para que a impunidade não seja uma constante e que, finalmente, possamos assistir a um futebol livre de preconceitos. É hora de exigir respeito, dignidade e justiça para todos, independentemente da cor da pele, junto e sempre, essa luta deve ser nossa.

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