O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi concebido como um pilar fundamental da proteção social no Brasil. Sua missão primordial era garantir amparo e qualidade de vida para os idosos e outros grupos em situações de vulnerabilidade, através de um sistema de contribuição que visava assegurar uma aposentadoria digna e outros benefícios previdenciários. Essa era a promessa: um futuro mais seguro para aqueles que dedicaram anos de trabalho à construção do país.
Contudo, a realidade é um quadro sombrio e desolador. Os escândalos envolvendo sindicatos e o próprio INSS, com alegações de cobranças indevidas que já alcançam cifras bilionárias, corroem a confiança da população em suas instituições. A facilitação dessas cobranças, supostamente orquestrada por indivíduos em posições de poder, revela uma profunda falha no sistema de controle e uma cultura de impunidade que parece persistir.
A recente notícia dos 90 bilhões de reais em empréstimos consignados irregulares adiciona mais uma camada de indignação e insegurança, especialmente para a terceira idade, que muitas vezes é o principal alvo dessas fraudes. O fato de figuras próximas ao poder, como o irmão do Presidente Luiz Inácio Lula Da Silva (PT), serem implicadas em somas tão elevadas, intensifica a sensação de que a corrupção se enraizou em diversos níveis da política brasileira.
É inegável que o Brasil, apesar de sua alta carga tributária, enfrenta desafios persistentes em áreas cruciais como educação, segurança e saúde. A sucessão de escândalos de corrupção mina a capacidade do Estado de investir adequadamente nesses setores, perpetuando um ciclo de decepção e descrença na classe política.
A pergunta sobre o futuro em 2026 paira no ar. Será que as próximas eleições trarão a tão esperada mudança, ou o país continuará refém de esquemas de corrupção e da sensação de que "mais do mesmo" é o destino inevitável? A resposta para essa pergunta é complexa e dependerá de uma série de fatores, incluindo a capacidade da sociedade civil de se mobilizar, a atuação firme dos órgãos de controle e a real disposição da classe política em promover reformas estruturais que combatam a corrupção e priorizem o bem-estar da população. A esperança por um futuro diferente reside na vigilância e na exigência por transparência e ética na gestão pública.
Dr. Pedro Pavezi, Advogado 28 anos, graduado e pós graduado pela Unoeste Presidente Prudente em "Famílias e Sucessões", "Processo em Direito Civil" e "Gestão Ensino Superior".