Nada de novo....

"Nada de novo há no rugir das tempestades". Esses versos do forte poema atemporal do poeta russo Wladimir Maiakósvik retrata bem o momento que o vivemos no Brasil. O eterno retorno do Partido dos Trabalhadores ao poder representa esses versos. No livro de Eclesiastes na Bíblia Hebraica declara: "O que foi voltará a ser, o que aconteceu, ocorrerá de novo, o que foi feito se fará outra vez; não existe nada de novo debaixo do sol". Velhas fórmulas de gestão pública aliado a um populismo vazio voltam a cena do crime. Essa recorrência de erros de um partido com mentalidade atrasada defendendo um Estado perdulário e inchado, contrario as boas práticas de gestão pública, colocam o Brasil nos trilhos de um velho trem movido a fumaça. Não sentimos e nem vemos um projeto moderno, sério para o País e sim um projeto somente de se perpetuar ao poder. O Partido dos Trabalhadores tem na miséria sua principal aliada, a maneira mais fácil de controlar e ter os votos. Para eles é o modelo perfeito para uma Democracia capenga e frágil. As interpretações da realidade são hipócritas. Ao mesmo tempo que falam em Golpe, como aconteceu nas manifestações no dia 8 de janeiro, classificando os atos como sendo anti-democráticos, mas defendem invasões em terras produtivas feitas por um movimento anacrônico chamado Movimento dos Sem Terra. Um Ministro da Justiça com mais de 200 processos usa de ironias dizendo que se sente um Capitão América, um humor cheio de cinismo e de mau gosto. Gostam de usar a palavra Fascismo para dar a falsa imagem que são verdadeiros democratas, sem saber o que é realmente o fascismo, retórica falsa como são todos desse governo apelidado magistralmente de Carreta Furacão pelo pessoal do programa Pânico da Jovem Pan. A verdade vai aparecer na CPMI do 8 de Janeiro. Para que tanto receio ou medo? Criticam os juros altos, mas não querem saber que isso é fruto de uma política irresponsável com relação aos gastos públicos. Apoiam governos com ditaduras violentas como Nicarágua, Cuba e Venezuela, mas se vestem de democratas. O ditador Maduro é recebido com tapete vermelho na Pátria Mãe gentil. Ouve do Presidente descondenado que o regime ditatorial da Venezuela são narrativas e culpa os Estados Unidos pela grave situação da Venezuela. O sistema podre, corrupto, apoiado por uma velha imprensa continua surfando em ondas cheias de iniquidades. Um judiciário cada vez mais longe da justiça desrespeitando a Constituição, impondo censuras e mandando prender quem tem opiniões diferentes. Comediantes são cercados de censuras e a alegria vai morrendo de fome, o prato da liberdade está vazio. O Estado de Direito está morrendo de falta de respeito. Um retrocesso caminha a passos largos, onde o fim justificou os meios dessa vitória regida por um Tribunal que teve atitudes puramente parciais. Nada de novo vai acontecer, tudo de velho vai permanecer. É um museu com ideias novas.

Pérsio Melem Isaac - Empresário e Cronista Político