Um olhar. Uma ideia. Uma conversa. Um projeto. Inicial. Projeto em andamento. Pé na night. Gaguejamos na possibilidade. A pesquisa. Muita conversa com Tânia Almeida. Muito sim e não. Muitos talvezes. E aí, começamos a ver a noite, que antes não víamos; começamos a viver os dias como se não percebêssemos o dia. E o dia começa a ser saboreado. Com o tato, o olfato, o paladar, a visão, a audição. Quem não sabe disso? Ah, fala sério!!! Quem não sabe disso?
A gente não sabe disso. E não é a rotina que não deixa. A rotina é organizadora. O que fazemos com a rotina é que é a questão fundamental para esta reflexão. (Não é hora de rima. M"escapuliu...) Quando nos colocamos em ação, ação mesmo, nosso olhar se amplia e encontramos a vida se apresentando como sempre se apresenta: pronta a nos surpreender.
A vida se apresenta em uma conjugação de elementos siderais para nos contagiarmos com a vibração da vida que aí está. Vida finita. Mas vida em intensidade. Vida para sempre no instantâneo que se apresenta. Vida no tempo que nos permite vida para a maratona que temos de cumprir.
Onde estávamos que não percebíamos isso? Quando foi que ficamos insensíveis diante da realidade? Como nos deixamos aprisionar por pensamentos que pouco ou nada a nós acrescentava? Por que decidimos nos fechar em nossa cela alheios a tantas possibilidades que a cada alvorada e a cada lusco-fusco ainda a nos gritar percepções sempre adiadas?
Nosso olhar, nossa ideia, nossa conversa, nosso projeto inicial pôs-se em andamento. A cada rabisco, a cada ambiente, a cada desenho, a cada percepção tornamos essa possibilidade em caminhada segura. Um pouco de paciência. Um pouco porque queremos seja alegria para muitas pessoas. Quando nossa alegria é tamanha, que gere muitas possibilidades para todos.
Carlos Francisco Freixo, luso-brasileiro, Membro da Associação Prudentina de Escritores-APE; poeta, escritor, diretor de teatro, compositor, produtor cultural, professor; autor dos livros Nove Meses Mais; Minha Hora Plena; Cacófatos Histéoricos; 111; Que Fado é Este?; Fui Covarde, Oratório de São Francisco, Equipa do Batestrada, Cronos e Cromos.