Literatura

Para se chegar à Pascoa

Por PORTAL GRANDE PRUDENTE

02/04/2021 às 09:29:32 - Atualizado há

Para se chegar à Páscoa, é preciso ter Paixão. É sentir-se amado para sair do escuro, e buscar a claridade. É engatinhar vida à fora, apoiar-se na mão do Pai, da Mãe, para começar a levantar-se, acreditar nos olhares de apoio, buscar móveis, paredes para ficar de pé; é calcular o passo, dois passos, e não mais parar de andar...

Para se chegar à Páscoa, é preciso acreditar na semente, plantar a semente, cuidar da semente, vê-la crescer, vê-la florir, surgir a possibilidade do fruto perante o sol, a chuva, o calor e o frio, mas estar lá para, finalmente, colhê-lo, senti-lo, saber seu gosto, e saber que o fruto vingou e nutriu.

Para se chegar à Páscoa, é preparar-se para ser profissional, é conhecer as possibilidades de trabalho que resultará na socialização, na solidariedade, no encontro com o próximo, no encontro com o distante, e sempre sabedor da evolução humana, das correções humanas, da interação com Deus, com o próximo, consigo mesmo, com o ambiente, com ações que permitam sempre acrescentar a cada ser uma possibilidade

Para se chegar à Páscoa, é preciso ser outro, colocar-se no lugar do outro, saber de suas possibilidades, estimular a relação e a vivência entre amigos e conhecidos, entre vizinhos e o povo, entre os povos e nações, saber-se responsável pela harmonia entre os irmãos, tomar iniciativa para o equilíbrio, a correção e o repensar constante de cada ato praticado

Para se chegar à Páscoa é preciso abrir caminhos, sair da mesmice, deixar morrer o mundanismo em nós e notar que precisamos de bem menos, mas precisamos da Palavra, do Cristo, do irmão, do toque das mãos, do sorriso do encontro, da força na partida, da superação.

Para se chegar à Páscoa, é preciso que ressuscitemos e, renovados, estarmos prontos para assumir que, sim, somos irmãos, somos cristãos.


Carlos Francisco Freixo, luso-brasileiro, Membro da Associação Prudentina de Escritores-APE; poeta, escritor, diretor de teatro, compositor, produtor cultural, professor; autor dos livros Nove Meses Mais; Minha Hora Plena; Cacófatos Histéoricos; 111; Que Fado é Este?; Fui Covarde.

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